sexta-feira, 12 de março de 2010

O que o roubo do meu note me fez pensar

Vida louca, louca vida. Ela é completamente imprevisível. Nunca realmente levei a sério que o número de variáveis que posso controlar é muito menor que o número que eu acho que controlo, mesmo sabendo disso a bastante tempo.

Acho que todos nós negamos a possibilidade de algo realmente ruim acontecer conosco, até acontecer. E mesmo depois de algum tempo que a vida nos mostra que ela tem vida, nos acabamos, de novo, achando que nada acontecerá conosco.
O que realmente muda é que com o tempo “ama-durecemos”, literalmente endurecemos com amor, porque aprendemos que cair pode realmente machucar.

Fico pasmo até onde a capacidade humana, para o bem e para o mal, vai. Parece que algo ser bastante nunca é o suficiente, sempre queremos mais, mais e muito mais.
Fico pasmo como algumas pessoas pensam em simplesmente jogar fora tudo aquilo que não parece adequado naquele momento, mesmo que já tenha sido um ótimo motivo, uma coisa de alegrar o rosto. Isso vale pra pessoas, sentimentos, relacionamentos, promessas, planos.
Pra essas pessoas, jogar fora é melhor que consertar. Acho que esse é um dos motivos que nos trouxeram até onde estamos.

Como podemos viver o presente, a felicidade do agora, sem considerar o futuro? Não sei a resposta, mas prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha decisão tomada sobre tudo, até sobre o que não tenho controle.

Se pudesse bancar o psicólogo de alguém falaria: durma só quando realmente estiver realmente cansado, ria de tudo aquilo que não desmanchar os sonhos de alguém e aproveite muito tempo o tempo que pode dedicar a outras pessoas.
Ta certo, eu falo muito isso, mas o inferno são os outros, mas como naquele filme com a Nicole Kidman, nos somos os outros.

Só espero que a conta disso tudo saia barato e que seja possível pagar a vista. Então me ame duas vezes essa noite, porque eu posso ir e nunca mais voltar.

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