sábado, 26 de dezembro de 2009

O fim do mundo é minha lata de lixo que anúncia

Não preciso do Nostradamus, ou qualquer outro profeta chinfrim, nem preciso dos Maias, e não tô falando daquela mini-série da Globo, com o seu 21 de Dezembro de 2012. Quem me diz que o mundo está nas últimas é minha lata de lixo.

Claro que na verdade ela não fala, só mostra, mas ela ainda dá a certeza de que uma imagem vale MUITO mais que mil palavras. Basta olhar o que está dentro dela, sacos plásticos aos montes, papéis de presente, de bala, garrafas descartáveis ... poucas coisas me irritam mais do que embalagens descartáveis. É como se falassem "Não se preocupe com a poluição, a mãe natureza, o ecosistema! Isso não é problema seu! Consuma e não pense mais nisso!".

Tudo bem, o inferno são os outros, sei que uso esse tipo de coisa não reciclável, afinal, vi isso na minha lata de lixo, mas pelo menos tenho algum pudor e dou preferência sim aos produtos ecologicamente corretos. Fora a coleta seletiva, que pelo menos nas casas deveria ser feita. Sim, nas casas primeiro e não nas empresas, como muita gente sugere. Educação vem de casa e nunca nos desacompanha.

Nas últimas tentativas de dilúvio aqui em Sampa, soube de uma lição que vem de outro completo absurdo que acontece demais, os lixos na ruas e rios da NOSSA cidade. Uma amiga minha comentou que o pai dela jogou fora os cadernos antigos dela, aquelas matérias do colegial. Só que como o lixeiro já tinha passado e eram muitos cadernos, eles foram desovados no córego mais próximo, aqui pertinho, apenas alguns quarteirões da minha casa.
Qual não foi a surpresa quando na manhã seguinte, depois de uma noite acobertada de chuvas, os mesmos cadernos vieram, trazidos pelo transbordamento do rio, e pararam exatamente na entrada de carros da casa deles, que já estava começando a encher d'água.

Os cadernos de estudo, a natureza devolvendo o lixo para o bicho homem, as chuvas tão fortes e tão correntes, o aquecimento global, o fim do mundo, a minha lixeira profeta ... sei que tudo isso tem uma ligação, um sentido oculto, minha mente começa a ligar os pontos entre tudo isso ... mas eu deito e espero passar.

Um comentário:

Anônimo disse...

e assim que se fala

Felipe