domingo, 26 de junho de 2011

O amor é o sentimento dos seres imperfeitos

Acho que poucas coisas mudam mais a nossa vida que duas coisas: o amor e o desespero.

O amor muda pelas coisas que achamos impossíveis, por descobrir que aquelas situações de filmes e novelas não acontecem só lá, por ver saídas e situações onde ninguém mais vê.

O desespero muda pelas coisas que achamos impossíveis, por descobrir que aquelas situações de filmes e novelas não acontecem só lá, por ver saídas e situações onde ninguém mais vê.

Ambos são algum tipo de delírio suave, que nos tira do eixo. O desespero ataca pela falta de ar, pela perda de razão. Uma pessoa encurralada é capaz das coisas mais terríveis para escapar. E quem irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração.

Quando simplesmente falamos, amor e desespero podem parecer coisas muito diferentes, mas eles compartilham algo em comum. Um ponto de conexão longínquo na árvore da vida, nem que seja o simples fato de estarem plantados no mesmo planeta e partilharem da mesma gravidade.

O desespero pode ser um pai que vai buscar o seu filho viciado dentro da casa do traficante. O amor pode ser dois estranhos que se conhecem e sentem uma inexplicável vontade de estarem juntos pelo resto da vida, é a mágica de transformar sal em açúcar, é quando ela dá um cheirinho no seu pescoço e vem aquele arrepio de dentro pra fora com uma mistura inexplicável de sentimentos - desejo, vergonha, carinho, paixão, imprudência.

Se esses dois sentimentos são nossos, humanos, só podemos realmente fazer uma coisa. Aprender com eles. "O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição", Aristóteles.